Dom Armando,
nosso amado Bispo diocesano,
Existem dias
em nossa vida que o tempo corre, parece que o sol ilumina a terra mais
apressado e o relógio num ritmo acelerado adianta as horas. Tem sido essa nossa
impressão desde quarta feira quando tivemos a alegria de viver a experiência de
uma visita pastoral, para todos nós mucujeenses de hoje, a primeira. Nestes
dias vivemos verdadeiros momentos de graça. E como o tempo passou depressa.
Hoje
entendemos melhor qual o papel do Bispo numa diocese, sua missão em nosso meio,
a importância de suas palavras, o caráter da sua presença. Tudo isso nos
fortalece e encoraja, pois nos faz perceber que não estamos sozinhos, como
ovelhas perdidas no meio do aprisco. Sua presença mais prolongada nesses dias,
ainda que tão poucos, nos fez sentir mais seus diocesanos. Ela encurtou as
distâncias, valorizou e reaproximou as pessoas, deu passos importantes para
buscar a tantos, que mesmo batizados, estão distantes ou completamente fora do
espaço eclesial. E mais: suas palavras de encorajamento, sempre consoladoras e
otimistas, nos deram até a convicção que os problemas e desafios apontados pelo
padre Rinaldo a última quarta feira terão solução. Saiba, Dom Armando, que o
senhor nos fez muito bem estando aqui e como gostaríamos que ficasse mais.
Temos a certeza que não podemos segurá-lo. É chegada a hora dos agradecimentos
e da despedida:
Obrigado por
sua presença de pastor que ama e por isso cuida, antes de tudo superando
distâncias e se fazendo presente. Obrigado por ter estado entre nós como pastor
em meio ao rebanho.
Desculpe se o
trato não foi o esperado e se não conseguimos atingir as expectativas.
Como não
podemos ir, nem o senhor pode ficar, leve um pouco de Mucugê, daquilo que é de
Mucugê. Do que tínhamos recolhemos um buquet de seprevivas colhidas há
aproximadamente quinze anos.
Elas, próprias de Mucugê e agora tão raras em
nossas terras, serão mais um nosso sinal junto ao senhor. Elas perpassam os
anos, nunca morrem propriamente, mantêm a beleza original, como vencedoras do
tempo. Para elas não tem problema o passar dos anos nem a impressão do apressar
do relógio. São sempre vivas e são belas, dão-nos uma noção da eternidade.
Assim como são elas, desejamos que seu
ministério seja constantemente vivo, sempre belo, com o frescor da juventude, a
fim de que com ele, o senhor possa nos ajudar a manter a jovialidade da nossa
fé.
Elas não são
tudo o que o senhor merece, mas é o de melhor que podemos lhe oferecer, porque
damos algo que se confunde com o nosso ser mucugeense.
Como vice
presidente do nosso Conselho de Pastoral Paroquial, lhe digo muito obrigado.
Sua presença nos faz muito bem. Até outro dia!
Mucugê,
1º de maio de 2016.
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