Vindo de Portugal, mais precisamente do Bispado
de Barin, o Capitão Antônio Ribeiro de Magalhães aportou-se no Brasil, em 1796,
trazendo consigo a imagem de seu xará, Santo Antônio de Lisboa. Chegando em
nosso País, buscou adquirir terras para, mais tarde, instalar sua futura
família, tendo comprado a Fazenda do Arrayal (hoje Paramirim), em mãos de
Quintiliana Maria dos Santos e seu genro, Jean Pinto de Souza.
Nesta fazenda, encontrava-se um casarão em
pré-ruína, onde ele transformou-o na Casa-Grande, passando a residir nela com
sua esposa, Maria Joaquina da Conceição, oriunda de Bom Jesus do Rio de Contas,
atual Piatã, com quem teve treze filhos.
Logo após assumir a Fazenda, entronizou, na
Casa-Grande, a imagem de Santo Antônio, instituindo ali a celebração de seu
trezenário, de 1796 a 1801, quando resolveu construir a Capela, com paredes de
enchimento ou barro batido, coberta de palhas, nascendo a devoção e a festa
maior de nossa Paróquia, Comarca e Município.
Assim, passou a celebrar o culto, com a devida
licença de Dom Frei Antônio Corrêa, 12º Arcebispo de São Salvador da Bahia,
muito embora o capitão Antônio Ribeiro faleceu, sem realizar o seu sonho de ver
a Capela elevada à Freguesia.
Neste ano de 2016, a imagem de Santo Antônio
completa 220 anos de chegada em solo brasileiro, notadamente, nas terras do
Paramirim.
Ela se encontra no altar-mor da Matriz incólume,
intacta, a arrastar o vendaval dos tempos, sem qualquer rasura que se lhe
desfigure a feição original, presidindo aos destinos desta terra antoniana, que
se orgulha por tê-lo como Padroeiro Forte.
Antônio Gilvandro Martins Neves
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