CARTA
DO ENCONTRO NACIONAL DE PRESBÍTEROS - 16º ENP
O
presbítero que ama Jesus e sua Igreja experimenta a Alegria do Evangelho
Aos irmãos presbíteros
e aos seus presbitérios desse imenso Brasil
1. Testemunhas da Alegria no anúncio do
Evangelho
Em
clima positivo de convivência, fraternidade, fé, esperança, alegria, profetismo,
partilha de experiências, como filhos de Deus e irmãos em Cristo, nós,
presbíteros do Brasil, nos reunimos na Casa da Mãe Aparecida, entre os dias 19
a 25 de abril de 2016. Somos 564
participantes, sendo 537 presbíteros representando o presbitério de 226
dioceses, 16 Bispos referenciais e cardeais, vice-presidente da CNBB, Dom
Murilo Krieger, o Núncio Apostólico Dom Giovanni d’Aniello e 11 convidados.
Juntos rezamos, estudamos, refletimos, convivemos e elegemos a nova presidência
da CNP. Nosso encontro teve como tema: “Presbíteros no Brasil: a Alegria no
anúncio do Evangelho”, e o lema: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5),
sob a assessoria do Frei Luiz Carlos Susin e do Pe. Manoel José de Godoy.
Contamos também com a presença e a reflexão de Dom Jorge Carlos Patrón Wong, Arcebispo Emérito de Papantla, Secretário
para os Seminários da Congregação para o Clero e de Dom Frei Luiz Flávio Cappio.
A grande moldura deste encontro é a Alegria no anúncio do Evangelho.
2.
Alegria,
esperança e criatividade
Como “Igreja em saída”, tocados pelo
Espírito de Deus e inspirados pela indicação do Papa Francisco - “não deixemos
que nos roubem a Alegria da evangelização” (EG 83)-, iniciamos nossos
trabalhos. Chegamos ao 16º ENP, como os
discípulos de Emaús. Como eles, reconhecemos que estamos num mundo em mudança
de época. Nesta realidade de constante aceleração e turbulências, nos damos
conta dos grandes desafios e riscos, mas, sobretudo, de grandes oportunidades. Se
por um lado percebemos a autonomia, o individualismo exacerbado e o pluralismo
com risco de relativismo ou de fundamentalismo e fanatismo, por outro lado reconhecemos
que uma nova maneira de sociedade está nascendo. Tudo isso, por vezes, nos
causa temor, cansaço, angústia, distanciamento da vocação, apatia,
indiferentismo, afastamento do chamado e da missão que se expressa na crise do
compromisso comunitário (EG 106). Neste
contexto os processos de iniciação cristã se apresentam como possibilidade de formar
verdadeiros discípulos missionários, por meio da Palavra e da mistagogia, com
capacidade de “empoderá-los” como mestres nas novas condições sociais. De fato,
percebemos que o anúncio é desafiador e exige o resgate da mística, do
profetismo e da fraternidade, para a construção de um tempo novo. Cada
presbítero, refeito e revigorado no caminho, deve com leveza, alegremente
tornar-se pastor que toma pela mão cada membro da comunidade e o conduz ao
encontro com Cristo, numa experiência comunitária e renovadora, como os
discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35).
3.
Somos melhores quando caminhamos juntos
“O ministério ordenado tem uma
radical, forma comunitária e
pode apenas ser assumido como obra coletiva” (PDV 17). Percebemos, assim, o
quanto se faz urgente uma fecunda Pastoral Presbiteral, como cultura necessária
para fazer frente às tendências ao isolamento e ao individualismo. Vimos que as
duas expressões - Pastoral Presbiteral e Formação Permanente - podem ser
intercambiadas, desde que as compreendamos como um processo crescente de
conhecimento, interesse e envolvimento pessoal do presbítero. Como se trata de
Formação Permanente, ela dura a vida toda, até que se atinja os mesmos
sentimentos de Cristo Jesus (Fl 2,5). O grande desafio é fazer da Formação
Permanente uma cultura própria das Igrejas Particulares: desde o cultivo de
novas vocações, a promoção e inserção gradual dos seminaristas no corpo
eclesial, de modo que, a formação presbiteral se intensifique ao longo da vida.
A força do
ministério presbiteral é expressão de um trabalho pessoal e fraterno, porém,
quando este falta, a Pastoral Presbiteral entra em cena, evitando que haja
padres atuando de forma isolada. A perspectiva da colegialidade, tão ensejada
pela eclesiologia do Concílio Vaticano II, fomenta uma vida em comunhão,
propícia para o cultivo de uma espiritualidade fecunda e um testemunho
convincente. A própria Pastoral Presbiteral, no sentido do cuidado, alerta-nos
que, para cuidar bem do rebanho o presbítero não deve descuidar de si. Ela se
constitui como um lugar de aprofundamento na vocação, na comunhão dos
presbíteros entre si e com o Senhor. É um caminho que vem ajudando cada
ministro ordenado a abraçar o sonho de Deus para sua vida, exercer o ministério
da síntese e iluminar o mundo com a luz do Evangelho de Cristo. Por tudo isso,
pode-se afirmar que a formação permanente se impõe como sério dever moral em
que está em jogo a fidelidade à vocação de cada presbítero.
4
- A alegria no anúncio do Evangelho
“A Alegria
do Evangellho enche o coração e a vida interia daqueles que se encontram com
Jesus” (EG 1). Ser presbítero do Alegre anúncio do Evangelho torna-se na
atualidade um grande desafio, sobretuto, lá onde as trevas tendem a ofuscar a
luz. Usando a imagem de João Batista, Dom Patrón aplicou a definição do
profeta, como amigo do esposo à vida apóstolica do presbítero: “O amigo do noivo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria,
quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela ficou completa” (Jo 3, 29). Alegria
que não se limita a algo subjetivo, mas uma atitude de vida
que envolve todo o ministério do presbítero. Desde o seu nascimento, João
Batista foi um sinal de Alegria e esperança. Suas palavras são uma convocação
para que também o presbítero seja sinal de Alegria e esperança na vida das
pessoas. Ele é chamado a tornar-se próximo dos pequenos e pobres, dos “resíduos
e sobras” (EG 53), defendendo a vida em todas as suas formas, sendo sinal da
misericórdia de Deus. Assim, por meio de uma vida pautada pelo Evangelho, o
presbítero é um acontecimento de Alegria, uma graça e um sinal das coisas novas
na vida daqueles que o Senhor os confiou. Esta Alegria do presbítero nasce de
sua amizade e intimidade com Cristo, através da oração pessoal e comunitária,
na certeza inabalável de ser alguém amado por Ele. De modo que a sua vida e seu
ministério expresse a Alegria do coração do próprio Deus, sendo capaz de atrair,
entusiasmar e encher de luz a vida de muitas pessoas.
5
– Presbíteros, profetas da Alegria
Fomos exortados a
ser profetas missionários no tempo e no espaço em que vivemos. Como tal, somos
chamados a fazer resplandecer a luz de Deus nesse mundo, testemunhando o amor
de Deus com a vida. O profeta missionário caminha para a superação de todo
clericalismo, comodismo e carreirismo; ele se abre à pastoral de conjunto, às novas
iniciativas eclesiais, ao amor para com os leigos, consagrados e ministros
ordenados, amando-os e deixando-se amar. Como profetas missionários, em
comunhão com os nossos Bispos, reafirmamos nossa preocupação com os destinos do
nosso país e, principalmente, com os mais pobres, já que “vivemos uma profunda
crise política, econômica e institucional, que tem como pano de fundo a
ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de
toda sociedade”. Somos chamados a reconhecer que a política desprovida de tais
valores contradiz o Evangelho do Crucificado Ressuscitado. Neste contexto,
denunciamos as contradições presentes e anunciamos, com ousadia, a Palavra, apontando
caminhos de paz e justiça, segundo os critérios evangélicos. “A salvação é
gratuita, mas o profetismo custa tudo o que temos” (Santo Inácio de Antioquia).
Assim, somos chamados, escolhidos, ungidos e enviados para sermos profetas missionários,
luz na Igreja de Cristo Jesus.
6
– Enviados pelo Amor, Alegres com Maria no anúncio do Evangelho.
Sob o manto da Mãe
Aparecida escutamos a Palavra do Senhor: “Não se perturbe o vosso coração, tende
fé em Deus, tende fé também em mim” (Jo 14, 1). Mergulhados no amor de Cristo Ressuscitado,
retornamos para os nossos presbitérios e comunidades, com o coração aquecido e
alegre. O que nos identifica é o fato de sermos marcados pelo amor
misericordioso de Deus no nosso ser, existir e agir. Somente um coração que experimenta
o amor de Deus é testemunha desse amor, perdão e misericórdia. Saímos para
anunciar o Evangelho da Alegria, na certeza de que Deus está sempre conosco,
pois experimentamos a sua misericórdia. E por isso suplicamos: “Fica conosco
Senhor da Luz, para que façamos novas todas as coisas”. Assim, seja.
5º CONGRESSO REGIONAL DE PRESBÍTEROSDe 24 a 27 de outubro de 2016 / CTL Salvador-BahiaTEMA: “Pastoral Presbiteral”LEMA: “Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas” (1 Tm 4,16)
FICHA DE INSCRIÇÃO
Identificação
Nome: ________________________________________________________________
Nome que deve constar no crachá: __________________________________________
Data de Nascimento: ____ / ____ / ____ Data da Ordenação: ____
/ ____ / ____
Endereço:________________________________ Bairro:
______________________
CEP:__________________ Município:_____________________ UF:
_______
E-mail: _______________________________________________________________
Telefone: (__) ______-_______
Celular: (__) ______-_______
Vinculação
(Arqui) Diocese: ________________________________________________________
Cargo que exerce na (Arqui) Diocese: ______________________________________
Informações sobre a inscrição
Hospedagem: ( )
Individual;
( )
Duplo: Com quem:
Tem problema com saúde? Qual? ___________________________________________
Alguma dieta alimentar? __________________________________________________
_________________, ______ de
__________________ de ______
_______________________________ ___________________________________
Assinatura do
Presbítero Assinatura
do Representante de Presbíteros
Orientações
Investimento: Individual R$ 500,00
reais / Duplo R$ 450,00 /
Padres de Salvador: RS 300,00
Assessor: Pe. Dr. Manoel José de
Godoy
Espiritualidade: Dom Estevam dos Santos Silva Filho (Bispo
Auxiliar de São Salvador)
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